10 Destaques do Anuário Brasileiro de Bancos 2025

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Anuário Brasileiro de Bancos 2025: 20 anos registrando a evolução do setor bancário brasileiro

A 20ª edição do Anuário Brasileiro de Bancos 2025, produzida pela Cantarino Brasileiro, marca duas décadas de análise sobre as transformações do sistema financeiro no Brasil.

Esta não é apenas uma edição comemorativa; é um retrato fiel de como os bancos brasileiros estão redesenhando suas relações com clientes, tecnologia e sociedade.

Se no passado falávamos sobre corrida digital, em 2025 a palavra que melhor define o momento é equilíbrio. O futuro bancário está sendo construído em um terreno híbrido: digital, mas humano; tecnológico, mas ético; inovador, mas com propósito social.

Leia também: 7 Insights da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025 que o correspondente bancário precisa conhecer

Depois de mergulhar no conteúdo, destaquei 10 temas essenciais que traduzem a essência desta edição. Mas, como sempre, recomendo que você leia o anuário completo, ele é muito mais do que números, é um convite à reflexão sobre para onde vamos como sociedade financeira.

Vamos aos destaques?

Anuário Brasileiro de Bancos 2025
Listei 10 destaques do Anuário Brasileiro de Bancos 2025 neste artigo.

De relatório simples a referência do setor: a trajetória do Anuário Brasileiro de Bancos

O Anuário Brasileiro de Bancos chega à sua 20ª edição celebrando duas décadas de trajetória e o papel relevante que desempenha no ecossistema financeiro.

O que poucos lembram é que ele não nasceu como um anuário completo. Em 2005, era apenas um Relatório Bancário, um boletim distribuído durante a Febraban Tech (na época ainda chamada CIAB). Tinha um formato simples, mas já cumpria um papel essencial: registrar os movimentos do setor bancário e servir de apoio para os debates do evento.

Com o passar dos anos, o material ganhou corpo, se tornou mais analítico, trouxe entrevistas com executivos e cases de inovação, até assumir o formato que conhecemos hoje: uma publicação anual robusta, estratégica e com uma identidade própria, posicionando-se como um fiel registro da evolução tecnológica, regulatória e cultural do setor.

Ao longo desse período, o ABB acompanhou cada grande transformação. Ele registrou o surgimento do internet banking, a popularização do mobile banking, o lançamento do Pix, o início do Open Banking, o crescimento das fintechs e, mais recentemente, a expansão do phygital, da IA generativa, do blockchain e do Drex.

Mais do que uma publicação, o ABB se consolidou como um documento histórico e estratégico, essencial para quem quer entender a evolução do sistema financeiro brasileiro.

Nesta edição especial de 20 anos, além de olhar para o presente e o futuro, a publicação também relembra os marcos que construíram essa história.

Anuário Brasileiro de Bancos 2025 - capas históricas
As capas que marcaram a evolução do Anuário Brasileiro de Bancos, refletindo duas décadas de transformação do setor financeiro brasileiro.

Um olhar pessoal: as capas que contam essa história

Antes de contar para você sobre os 10 destaques que fiz desta edição histórica, preciso registrar minha paixão pelas capas do Anuário Brasileiro de Bancos: São todas lindas!

São sempre feitas com tanta beleza que, mais do que ilustrações, além de aguardar todo ano pela próxima edição, também fico curiosa pela próxima arte de capa.

Falando só das últimas cinco capas, elas são uma narrativa visual do momento que o setor financeiro vivia em cada período:

A capa de 2021 falava sobre a revolução do Open Banking, com um design futurista que destacava a digitalização acelerada pós-pandemia.

Em 2022, o anuário trouxe o tema “O futuro chegou”, mostrando como o metaverso e os criptoativos entrariam na pauta do setor financeiro, com uma arte que misturava realidade virtual e o universo dos games com as operações bancárias.

Já em 2023, a arte vibrante representava o avanço da inteligência artificial generativa, evidenciando como essa tecnologia começava a redesenhar processos, métricas e a própria lógica das instituições financeiras.

Em 2024, a edição focada em transformação sustentável trouxe tons orgânicos e formas geométricas que remetem à economia verde, reforçando o papel dos bancos na transição para um futuro mais responsável ambientalmente.

E em 2025, a capa especial de 20 anos resgatou a trajetória do anuário, celebrando duas décadas de inovação e transformação do setor bancário, com um design que uniu elementos das edições anteriores em uma composição sofisticada que conecta passado, presente e futuro.

Essas capas não são apenas belas, elas traduzem com precisão o espírito de cada edição, combinando design editorial sofisticado com um olhar atento às tendências globais.

Um trabalho que, ano após ano, reafirma a identidade visual marcante do anuário e o coloca no mesmo patamar de grandes publicações internacionais.

Você também consegue ver essa beleza? Quero muito saber sua opinião. Depois que terminar de ler, me conta nos comentários sobre a minha curadoria do Anuário Brasileiro de Bancos 2025 e sobre as capas, tá?

 

anuario brasileiro de bancos
As capas dos últimos anos do ABB traduzem com sensibilidade estética, os principais movimentos do setor bancário brasileiro.

 

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Capa do Anuário Brasileiro de Bancos 2025

Agora sim: os 10 destaques da edição 2025

Agora, depois desse breve momento de contemplação estética, podemos seguir para os 10 destaques que marcam a 20ª edição do ABB 2025.

A edição 2025 chega como um marco não apenas por celebrar 20 anos de trajetória, mas também por registrar um setor em plena fase de ressignificação tecnológica, social e cultural.

A seguir, compartilho os 10 destaques que mostram como os bancos brasileiros estão escrevendo os próximos capítulos dessa história que nós os apaixonados por crédito tanto apreciamos.

Leia também: 9 Destaques do Anuário Brasileiro de Bancos 2022

1. O cliente como protagonista da nova era bancária

Nos últimos anos, o Itaú Unibanco vem se destacando por conduzir uma transformação digital robusta, com foco absoluto no cliente. Essa mudança não é apenas tecnológica, mas cultural.

Ela alterou a forma como decisões são tomadas, como produtos são criados e como as interações acontecem. O banco passou a adotar uma mentalidade ágil, baseada em equipes multidisciplinares que desenvolvem soluções orientadas por dados para cada objetivo de negócio.

Segundo Carlos Eduardo Mazzei, diretor de Tecnologia do Itaú, essa atuação se apoia em três pilares centrais: qualidade, velocidade e eficiência.

Produtos e jornadas bancárias passaram a ser criados de forma mais colaborativa, integrando áreas como Tecnologia, Dados, Produtos e Design para entregar experiências contextualizadas e personalizadas.

Isso significa que o banco não espera mais o cliente solicitar algo; ele antecipa as necessidades, seja para renegociar dívidas automaticamente, enviar alertas financeiros personalizados ou permitir transações como Pix diretamente pelo WhatsApp, sem abrir o aplicativo.

Mazzei também destaca que a inteligência artificial deixou de ser apenas uma promessa para se tornar infraestrutura essencial, apoiando desde processos simples até interações complexas, com previsibilidade e menor atrito.

E surge uma nova fronteira: a computação quântica, ainda em fase experimental, mas que já é estudada para simular riscos de crédito em segundos e criar algoritmos antifraude ainda mais poderosos.

Mas essa transformação não se limita à tecnologia. O Itaú investiu fortemente na preparação das equipes, para que o atendimento humano continue relevante e alinhado ao avanço digital.

Para Mazzei, tecnologia sem confiança não gera resultado. Por isso, o banco implementou políticas de uso ético da inteligência artificial, garantindo transparência, governança e foco no cliente em cada ponto de contato.

Essa combinação de tecnologia avançada e relacionamento humano qualificado dá origem a um modelo bancário que é mais ágil, preditivo e, ao mesmo tempo, próximo.

Não se trata apenas de automatizar processos, mas de criar jornadas intuitivas, que resolvem problemas antes que o cliente precise pedir ajuda.

Insight para o Correspondente Bancário:

Para o correspondente bancário, essa tendência traz um alerta e uma oportunidade. Embora sua atuação principal continue sendo a intermediação de crédito, ele pode incrementar seus serviços para acompanhar o novo perfil de cliente, que está mais digitalizado e informado.

Isso não significa investir em IA ou computação quântica, mas sim entender como essas tecnologias moldam expectativas e ajustar a forma de atendimento para ser mais consultiva e ágil.

Na prática, o correspondente bancário pode oferecer simulações mais completas e personalizadas, usar ferramentas digitais simples para agilizar propostas e criar materiais explicativos sobre produtos como consignado, home equity ou antecipação de FGTS.

Pode ainda atuar como educador financeiro local, ajudando o cliente a entender qual solução é mais adequada para sua realidade e a utilizar o crédito de forma estratégica, em vez de emergencial.

Também é possível ampliar o portfólio por meio de parcerias com fintechs, agregando produtos complementares sem perder o foco principal.

Assim, o correspondente bancário se posiciona não apenas como um vendedor de crédito, mas como um parceiro que conecta o cliente às melhores soluções disponíveis, traduzindo a linguagem bancária para a realidade da comunidade.

Essa combinação de tecnologia acessível, proximidade humana e consultoria prática garante relevância no novo cenário do mercado de crédito.

2. P&D na corrida pela liderança em inteligência artificial

A matéria do Anuário Brasileiro de Bancos 2025 destaca como o Brasil está se posicionando na corrida global pela liderança em inteligência artificial (IA), especialmente dentro do ecossistema financeiro.

Embora o país ainda tenha desafios estruturais, ele combina uma alta capacidade de inovação com a vantagem de possuir um dos sistemas financeiros mais avançados do mundo em termos de integração digital.

Segundo o texto, historicamente o Brasil impõe uma agenda tecnológica peculiar: mesmo com lacunas, há um ecossistema bancário consolidado e favorável para que novos projetos de IA sejam testados e escalados.

As iniciativas mais recentes mostram como a pesquisa acadêmica, as parcerias público-privadas e as instituições financeiras vêm criando uma base sólida para impulsionar a adoção da IA como infraestrutura essencial para o futuro do setor.

O Bradesco ampliou sua parceria com o Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc), da USP, onde mais de 50 pesquisadores trabalham em desafios de defesa de dados bancários.

Rafael Cavalcanti, diretor de Dados e Relacionamento com Clientes do banco, afima:

“A parceria reflete nosso compromisso em explorar novas fronteiras do conhecimento, antecipar desafios e oferecer soluções avançadas para os clientes”

No Itaú Unibanco, o Instituto de Ciência e Tecnologia Itaú (ICT), criado em 2024, conduz pesquisas de ponta que envolvem desde machine learning até computação quântica.

Carlos Eduardo Mazzei, diretor de Tecnologia do Itaú, explica:

“O ICT compõe nossa estratégia de inovação descentralizada, permitindo aos times gerar benefícios reais para a vida das pessoas. Acreditamos muito no potencial da comunidade científica para gerar ganhos para o setor financeiro e para a sociedade”.

Rogério Melfi, head de comunidades da ABFintechs, destaca que o sistema financeiro brasileiro continua sendo referência internacional em inovação sistêmica.

“Nossa trajetória, iniciada com o SPB e fortalecida por iniciativas como o Pix e o Drex, criou uma combinação singular de fatores históricos e estruturais que nos dá vantagem competitiva, mesmo num cenário adverso”, explica.

No mercado de meios de pagamento, Renan Oliveira, líder de produtos do GenAI do PicPay, aponta para a tendência de abandonar a lógica centrada em aplicativos para migrar para interfaces conversacionais.

“A integração de interfaces conversacionais com personalização da experiência do usuário é nossa principal linha de pesquisa”.

Por fim, a reportagem traz o exemplo da Jumpstart, fintech criada por Fabiano Rocha, que começou movimentando mais de 1 milhão de reais em poucos meses e rapidamente virou referência em pagamentos internacionais. Rocha reforça que o sucesso não depende apenas de tecnologia, mas do fator humano:

“A ideia é aproveitar o pessoal que se forma no ITA. Pode haver alguma contrapartida em ser muita gente da mesma faculdade, mas gera eficiência com todos conversando na mesma linguagem”.

Apesar dos avanços, os executivos ressaltam que a inovação em IA exige adaptação regulatória, mitigação de riscos e integração com políticas públicas para garantir segurança e eficiência.

Há uma corrida para criar mais talentos acadêmicos e formar especialistas capazes de lidar com as novas demandas do mercado financeiro.

A maturidade digital do setor brasileiro sustenta-se em três pilares: regulação, cultura tecnológica e investimento em pesquisa. Entretanto, ainda há um gap entre a velocidade da evolução das big techs globais e o ritmo interno do país.

Mesmo assim, o texto reforça que o Brasil já ocupa um lugar de destaque no campo financeiro global, com condições de se tornar protagonista em soluções de IA voltadas para impacto social e bancário.

Insight para o Correspondente Bancário

Para o correspondente bancário, essa movimentação no ecossistema de IA pode parecer distante, mas ela afeta diretamente a forma como os bancos estruturam produtos e processos.

Quando os grandes players investem em inteligência artificial e automação, as linhas de crédito, os modelos de análise de risco e os serviços ao cliente se tornam mais rápidos e acessíveis.

O correspondente bancário pode aproveitar essa evolução para incrementar seus serviços de forma estratégica.

Isso significa explicar ao cliente local como a inteligência artificial está tornando o crédito mais seguro e previsível, ajudando a quebrar a desconfiança.

Outra forma de aproveitamento está no uso de ferramentas simples de automação como chatbots ou fluxos automatizados para agilizar a captação de documentos e pré-análise de propostas, liberando mais tempo para um atendimento humano e consultivo.

No campo do posicionamento de marca, colocar-se como educador financeiro da comunidade, traduzindo termos como Open Finance, Drex e IA bancária para uma linguagem simples, aproximando a tecnologia das pessoas que ainda não têm familiaridade com ela pode ser uma boa estratégia de aproveitamento do novo cenário.

Ao assumir esse papel de ponte entre o banco digitalizado e o cliente real, o correspondente bancário reforça seu valor como agente local de confiança, algo que nenhuma tecnologia substitui.

3. IA, cultura organizacional e inovação contínua

O Bradesco vem consolidando, há quase uma década, uma abordagem pioneira para integrar inteligência artificial e inovação cultural no centro de sua operação.

A iniciativa começou com a BIA, lançada em 2016, uma assistente virtual que evoluiu de uma ferramenta de atendimento simples para uma verdadeira plataforma de transformação.

Inicialmente voltada para gerentes de agência, a BIA rapidamente alcançou milhões de clientes, chegando a 20 milhões de usuários ativos em 2022.

Com o tempo, a IA deixou de ser apenas um suporte operacional para se tornar uma estratégia transversal. Hoje, ela permeia desde a criação de produtos e processos até decisões de governança, conectando times internos e otimizando jornadas do cliente.

Em 2024, a evolução ganhou novo patamar com a criação da Bridge, plataforma proprietária que unifica aplicações de IA em diversas áreas do banco.

Segundo Rafael Cavalcanti, diretor de Dados e Relacionamento:

“as práticas atuais para garantir o sucesso da IA generativa envolvem integração segura, monitoramento contínuo e parcerias estratégicas, ao lado da capacitação de equipes”.

A Bridge não apenas potencializa a eficiência, mas também permite uma governança clara, com critérios de responsabilidade e segurança para uso da IA generativa em escala.

Além disso, o Bradesco explora o conceito de ecossistemas híbridos, combinando modelos internos e parcerias externas para acelerar inovação.

Esse movimento é sustentado por um trabalho intenso de desenvolvimento cultural, como o programa Inovabra Cultura, que engaja desde estagiários até executivos para criar uma mentalidade voltada à experimentação, aprendizado contínuo e adoção de tecnologias emergentes.

Outro ponto de destaque é o avanço em computação quântica, que ainda está em fase experimental, mas promete reduzir o consumo de energia e aumentar a precisão de algoritmos críticos para o setor financeiro.

Paralelamente, a instituição investe em métodos para treinar modelos mais precisos e relevantes, descartando aqueles de baixo impacto, o que reduz custos e aumenta a eficiência operacional.

Essa combinação de IA, cultura organizacional e inovação contínua não apenas melhora processos internos, mas cria uma vantagem competitiva sustentável para lidar com as novas demandas do mercado financeiro, equilibrando tecnologia e humanização do atendimento.

Insight para o Correspondente Bancário:

Embora o correspondente bancário não opere plataformas proprietárias como a BIA ou a Bridge, ele pode aprender com essa estratégia de integração para estruturar processos mais inteligentes e consistentes em seu próprio negócio.

Isso significa mapear os atendimentos recorrentes e padronizar respostas, investir em pequenos sistemas de automação, como CRMs simplificados, e criar rotinas que garantam segurança e confiabilidade no relacionamento com clientes.

Assim como o Bradesco trabalha a cultura interna para absorver inovações, o correspondente bancário pode educar sua equipe e parceiros para adotar novas práticas e ferramentas digitais, reduzindo falhas e ampliando a eficiência.

Além disso, ao acompanhar tendências como IA e computação quântica, ele se torna capaz de traduzir esses conceitos para a realidade local, ajudando seus clientes a entender como a evolução tecnológica dos bancos impacta diretamente suas operações de crédito.

4. Panorama dos Bancos: como a eficiência e a personalização estão redefinindo o setor

O Panorama dos Bancos, apresentado no Anuário Brasileiro de Bancos 2025, mostra que o ecossistema financeiro brasileiro entrou em uma nova fase de eficiência operacional e personalização avançada, impulsionada por tecnologias como cloud computing, inteligência artificial generativa, blockchain e até mesmo os primeiros passos rumo à computação quântica.

Um dos destaques é o avanço do Banking as a Service (BaaS), modelo em que os bancos abrem sua infraestrutura para que outras empresas, fintechs e marketplaces ofereçam serviços financeiros de forma integrada.

Essa lógica está permitindo a criação de soluções como Pix as a Service, Câmbio as a Service e cobrança digital totalmente automatizada.

O resultado é uma rede colaborativa que multiplica os pontos de contato com o cliente final, sem que ele precise, necessariamente, acessar o banco de forma direta.

A personalização também é potencializada pelo uso massivo de APIs abertas e análise preditiva, criando produtos sob medida para cada perfil de cliente.

Isso se conecta à tokenização de ativos, que já aparece como tendência para transferências internacionais e infraestrutura para criptoativos, embora ainda cercada de cautela regulatória.

Mas esse avanço tecnológico traz consigo uma preocupação crescente: segurança cibernética. Para dar conta da sofisticação das fraudes digitais, os bancos intensificaram a governança de dados e investiram na migração para infraestrutura em nuvem, com múltiplas camadas de proteção, biometria e autenticação reforçada.

Essa modernização garante resiliência e mantém a confiança do cliente, mesmo em um ambiente cada vez mais digitalizado.

Cida Vasconcelos, diretora de Marketing do Anuário, resume o momento:

“A nuvem, o BaaS e a IA generativa criam agilidade para os bancos, mas a segurança e a governança são a base para que essas transformações sejam sustentáveis e não gerem novos riscos.”

Por fim, o estudo confirma que 91% das transações já são digitais, mas o físico não desaparece: ele se torna complementar e consultivo, reforçando que o futuro bancário será híbrido.

Insight para o Correspondente Bancário:

Para o correspondente bancário, o avanço do BaaS e da segurança cibernética traz novas oportunidades.

Mesmo sem operar diretamente infraestrutura tecnológica, ele pode aproveitar serviços oferecidos via BaaS por fintechs ou bancos parceiros para ampliar o portfólio, oferecendo contas digitais, pagamento de boletos, recarga de serviços e até soluções de câmbio integradas.

Além disso, é essencial educar os clientes locais sobre segurança digital, explicando boas práticas para evitar golpes e orientando sobre o uso seguro do Pix, Open Finance ou identidades digitais.

Essa postura consultiva gera confiança e reforça o papel do correspondente bancário como um elo humano que simplifica o acesso a tecnologias bancárias cada vez mais sofisticadas, mas que ainda soam distantes para grande parte da população.

5. Phygital 2.0 – A nova versão do ambiente phygital

Phygital é a fusão do físico (physical) com o digital, criando experiências que integram o melhor dos dois mundos. No setor bancário, isso significa que, mesmo com 91% das transações acontecendo online, os canais presenciais não desapareceram, mas foram redesenhados para gerar valor de forma diferente.

Já não são espaços de filas e burocracia, mas lugares de conexão emocional, consultoria e educação financeira, funcionando como extensão do relacionamento digital.

Se 2020 foi o ano de fechar agências e migrar tudo para o digital, 2025 marca a volta do phygital, mas em uma versão mais humana e menos futurista. Os números mostram o paradoxo: mesmo com a digitalização avançada, milhões de brasileiros ainda visitam agências todos os meses.

Os bancos entenderam que, para criar vínculo, o contato presencial precisa ter propósito e relevância. O Bradesco, por exemplo, criou o Bradesco Expresso, com 39 mil pontos de atendimento em comunidades, e ao mesmo tempo abriu escritórios premium para alta renda e agências especializadas para empresas.

O Agibank seguiu outro caminho, inaugurando mais de mil Smart Hubs, híbridos entre coworking e agência, sem numerário, mas com atendimento humano focado em educar clientes para o digital.

Esses espaços passaram a cumprir o papel dos chamados terceiros lugares, conceito criado por Ray Oldenburg para designar ambientes que não são nem a casa nem o trabalho, mas pontos de convivência e interação social.

É a versão bancária do beyond banking, que na Europa já transformou agências em cafés culturais, coworkings e centros de networking. Larissa Novais, do Banco do Brasil, resume bem:

“Quando a pandemia terminou, o fluxo nas agências não só estabilizou como aumentou o tempo médio de atendimento. O cliente voltou com um viés mais negocial, mais consultivo.”

É impossível não lembrar de Saramago, em Ensaio Sobre a Cegueira: ao perder o óbvio (o ver), a humanidade redescobre o valor do contato humano. Os bancos redescobriram isso também. Mesmo no auge do digital, o toque humano é insubstituível.

Insight para o Correspondente Bancário:

Para o correspondente bancário, esse movimento phygital 2.0 é um convite para reposicionar o ponto físico como um espaço de experiência, e não apenas de operação.

Em vez de ser visto como uma “mini agência”, o correspondente bancário pode transformar seu local de atendimento em um ambiente de consultoria e educação financeira, onde o cliente vai para entender, aprender e se sentir acolhido.

Imagine oferecer pequenos encontros educativos sobre temas como uso inteligente de crédito, ou até mesmo tendências como o Drex, criando um espaço que vai além do atendimento transacional.

Ao incorporar elementos de convivência e consultoria, o correspondente bancário se torna um hub comunitário de confiança, algo que nenhuma plataforma digital consegue substituir.

Isso não exige investimentos enormes, mas uma mudança de percepção: o correspondente bancário deixa de ser apenas “o lugar onde assina o contrato” e passa a ser o lugar onde começa a tomar decisões financeiras mais conscientes.

6. A evolução do autoatendimento

Nos últimos anos, o setor bancário vem passando por uma revolução silenciosa impulsionada pela digitalização e pela mudança nos hábitos dos consumidores.

Com o avanço dos aplicativos bancários e do atendimento remoto, as agências físicas precisaram se reinventar para continuar relevantes.

É nesse cenário que o autoatendimento ganha força, equilibrando eficiência operacional com uma experiência aprimorada para o cliente.

Essa transformação é visível na criação de espaços phygital, onde a fronteira entre o físico e o digital se torna cada vez mais tênue.

Exemplos como os modelos Banco24Horas tradicional e o Atmo, compactos, acessíveis e de baixo custo, mostram como é possível ampliar a presença dos serviços bancários mesmo em localidades onde as agências tradicionais não chegam.

A TecBan, por exemplo, aposta em soluções tecnológicas para otimizar a conectividade, garantindo acesso rápido e seguro aos terminais, além de integrar serviços como recarga de celular, pagamento de contas e até ofertas de crédito, criando hubs financeiros descentralizados.

Outro ponto relevante é o compartilhamento de terminais entre diferentes instituições, reduzindo custos e ampliando a cobertura de autoatendimento.

Essa estratégia democratiza o acesso aos serviços bancários, tornando-os mais inclusivos, especialmente em regiões remotas. Além disso, tecnologias como inteligência artificial estão sendo incorporadas para prever falhas, personalizar interações e otimizar a jornada do usuário.

Para bancos como o Banrisul, que ampliaram parcerias com empresas como a TecBan, esse modelo representa não apenas eficiência, mas também uma forma de reforçar a presença física em regiões estratégicas, mantendo o relacionamento próximo com os clientes sem perder a escalabilidade do digital.

Insight para o Correspondente Bancário:

Para o correspondente bancário, essa tendência revela uma oportunidade de ampliar seu papel como facilitador de acesso financeiro em comunidades que ainda dependem do contato presencial.

Embora não opere terminais como o Banco24Horas, o correspondente bancário pode adotar soluções de atendimento híbrido, oferecendo suporte consultivo aliado a ferramentas digitais para renegociação de dívidas, simulação de crédito e orientação sobre canais automatizados.

Além disso, ao entender como funcionam essas novas dinâmicas de autoatendimento, ele se posiciona como parceiro estratégico para pequenas empresas, associações e cooperativas locais que buscam integrar serviços financeiros de forma mais acessível e econômica.

7. O ano do cooperativismo: crédito com impacto social e relevância econômica em 2025

O ano de 2025 foi proclamado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, com o tema “Cooperativas constroem um mundo melhor”.

A ideia central é reconhecer o papel dessas instituições na construção de uma economia mais justa e sustentável, ampliando a conscientização global sobre o movimento cooperativista.

No Brasil, o cooperativismo de crédito ganhou destaque como alternativa concreta a um sistema bancário historicamente concentrado.

Ele mostra que é possível unir resultados financeiros expressivos com impacto social real, fortalecendo comunidades e promovendo inclusão financeira.

Segundo o Banco Central, a participação das cooperativas no crédito total do país saltou de 2,6% em 2012 para mais de 6% em 2024, e a tendência é de crescimento contínuo.

Esse avanço é explicado por fatores como proximidade com os cooperados, custos operacionais mais baixos e foco em desenvolvimento local.

Em períodos de crise, como a pandemia e a recessão de 2014 a 2016, o cooperativismo manteve resiliência e ganhou ainda mais espaço, comprovando ser um modelo econômico mais estável.

Alexandre Barbosa, do Sicredi, resume bem essa estratégia:

“Investimos tanto na nossa presença física quanto em tecnologia digital para abrir cada vez mais conexão com o cooperado e a comunidade”.

Um estudo recente da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostrou que a presença de cooperativas financeiras em uma cidade está diretamente ligada ao aumento da geração de empregos, ao crescimento do PIB e à redução da inadimplência.

Esses dados comprovam que o cooperativismo vai além do crédito, impactando positivamente a economia regional.

No Sicredi, por exemplo, apenas em 2024 foram gerados quase 40 bilhões de reais em ganhos para os cooperados, considerando taxas menores, distribuição de resultados e remuneração do capital.

No Sicoob, mais de 97% das transações já são feitas por canais digitais, mas sempre mantendo a experiência phygital, uma combinação equilibrada entre o digital e o presencial, garantindo acessibilidade e proximidade com o cooperado.

Outro ponto de destaque em 2025 é o crescimento do crédito sustentável nas cooperativas. Com a economia verde ganhando espaço na agenda global, essas instituições ampliaram o financiamento para projetos de energia limpa, agricultura de baixo carbono e setores sociais como saúde e educação.

No Sicoob, por exemplo, linhas como o Pronaf Eco e o Plano ABC ganharam força com apoio do BNDES. Já na Unicred, mais de 30% da carteira de crédito está direcionada à economia verde, incluindo energia solar e veículos elétricos.

Além do crédito, as cooperativas têm se consolidado como agentes de transformação social por meio da educação financeira.

Programas como Cooperação na Ponta do Lápis, do Sicredi, e Unicred.edu, da Unicred, levaram conhecimento sobre finanças para milhões de pessoas, reduzindo dívidas, melhorando hábitos de consumo e preparando cooperados para investir melhor.

Somente em 2024, o Sicoob impactou quase 2 milhões de pessoas com ações educativas em comunidades de baixa renda, escolas e programas sociais. Como reforça Vladimir Duarte, diretor-executivo da Unicred:

“Estamos investindo em IA, dados e open finance, sempre com foco em preservar a confiança no relacionamento”.

Insight para o Correspondente Bancário

Para o correspondente bancário, o avanço do cooperativismo de crédito traz lições valiosas. Embora seu foco principal não seja operar como uma cooperativa, ele pode incorporar a lógica de proximidade e impacto social ao seu atendimento, construindo relações mais duradouras com os clientes.

Além disso, pode se conectar com cooperativas como parceiros estratégicos, oferecendo produtos de crédito com condições diferenciadas para nichos locais.

O correspondente bancário que se posiciona como elo entre bancos tradicionais, cooperativas e clientes consegue ampliar seu portfólio e mostrar-se relevante em diferentes contextos, explorando tanto o crédito comercial quanto o crédito com viés comunitário e sustentável.

8. A consolidação dos Superapps e a evolução do ecossistema financeiro

O setor financeiro vive um momento de transformação acelerada com a consolidação dos Superapps. Esses aplicativos, que reúnem uma série de serviços em uma única plataforma, deixaram de ser apenas carteiras digitais ou canais bancários para se tornarem verdadeiros ecossistemas.

Hoje, um mesmo app é capaz de oferecer desde pagamentos instantâneos até crédito, investimentos, seguros, recarga de celular, compras de marketplace e programas de fidelidade.

Esse movimento é puxado principalmente pelas fintechs e bancos digitais, que perceberam o valor de manter o usuário dentro do seu ambiente, estimulando o uso recorrente e coletando dados cada vez mais precisos para personalizar ofertas.

Para os grandes bancos tradicionais, os superapps também viraram prioridade estratégica, já que representam uma forma de competir com gigantes de tecnologia e manter a relevância diante de um consumidor que valoriza conveniência e experiência fluida.

A jornada do cliente mudou completamente. Antes, ele precisava navegar por diferentes apps para cada necessidade. Agora, tudo está integrado.

Um exemplo claro é quando o usuário recebe um cashback de uma compra e, na mesma tela, é incentivado a investir aquele saldo em uma aplicação de renda fixa.

Essa integração de experiências cria mais engajamento e fidelidade, além de abrir novas oportunidades de monetização para as instituições.

Mas há um ponto crítico por trás desse avanço: a disputa pela atenção do cliente. Quanto mais serviços são agregados ao superapp, maior a necessidade de entregar uma experiência intuitiva, sem excesso de informações que confundam o usuário. Além disso, o desafio de segurança e privacidade aumenta, exigindo camadas robustas de autenticação e proteção de dados.

Ao mesmo tempo, os superapps ampliam a inclusão financeira. Para muitos brasileiros, especialmente os que antes dependiam apenas de correspondentes bancários presenciais, o acesso a crédito, seguros e investimentos ficou mais fácil por meio desses aplicativos.

Isso representa um marco importante na democratização do sistema financeiro.

Insight para o Correspondente Bancário:

Para o correspondente bancário, os superapps não são uma ameaça, mas sim um sinal claro de para onde o comportamento do cliente está migrando.

Embora sua atuação principal continue sendo a intermediação de crédito e o relacionamento humano, ele pode se beneficiar entendendo essas tendências e incorporando soluções digitais ao seu atendimento.

Parcerias com bancos que operam superapps, uso de ferramentas integradas para simular e encaminhar propostas diretamente pelo celular do cliente e o conhecimento sobre como explicar esses ecossistemas podem diferenciar o correspondente no mercado.

O papel consultivo, aliado à confiança presencial que nenhuma tecnologia substitui, garante que ele continue sendo peça-chave na inclusão financeira.

9. Por Dentro das Decisões que Moldam o Futuro do Crédito

Na sessão Ponto de Vista, o Anuário Brasileiro de Bancos 2025 apresenta artigos de especialistas, executivos e líderes do setor financeiro que compartilham suas visões sobre os desafios, inovações e tendências que estão transformando o mercado.

Diferente das reportagens e análises, aqui você encontra opiniões institucionais e estratégicas, que refletem tanto a trajetória dos autores quanto a força das empresas que representam.

Nesta curadoria, selecionei os destaques mais relevantes, extraindo os insights que podem inspirar decisões e abrir novas oportunidades no seu negócio:

Phishing e tensões geopolíticas ameaçam o setor

Alex Soares, da Akamai, alerta que um em cada três ataques DDoS no primeiro semestre de 2024 teve como alvo o setor financeiro, evidenciando como instituições bancárias seguem no centro das ameaças cibernéticas.

Ele destaca a conexão entre tensões geopolíticas, como os conflitos entre Rússia e Ucrânia, e o aumento de ataques sofisticados, com destaque para phishing e fraudes com domínios falsos.

Além das ameaças externas, fraudes de marca e tentativas de roubo de credenciais ainda são um desafio para bancos e empresas de tecnologia financeira. O recado é claro: segurança adaptativa e proativa é a única resposta diante de um cenário tão volátil.

20 anos de evolução e revolução no setor de pagamentos

Valdir Estácio, da Ecommit, revisita as transformações que marcaram o mercado brasileiro de meios de pagamento. Ele lembra que, até os anos 2000, o setor era dominado por poucas bandeiras, com pouca inovação e alta concentração.

A virada veio em 2010, com a abertura do mercado pelo Banco Central, criando o arcabouço que permitiria interoperabilidade e competição.

Mas o divisor de águas foi o Pix, em 2020, que popularizou pagamentos instantâneos e mudou de vez o comportamento do consumidor.

Agora, a inteligência artificial e o open finance são os novos vetores dessa revolução, prometendo mais segurança e eficiência para os próximos anos.

Modelo jurídico desonera instituições na interlocução com o BC

Vanessa Fialdini, da Fialdini Advogados, mostra como um modelo jurídico especializado pode agilizar processos regulatórios e reduzir custos para bancos e fintechs.

Ela explica que a atuação integrada em áreas como compliance, autorizações no Banco Central e reorganizações societárias evita gargalos e dá mais segurança para que as instituições inovem sem travar em questões burocráticas.

A mensagem central é que, em um ambiente regulatório cada vez mais exigente, contar com parceiros jurídicos estratégicos é um diferencial competitivo.

Quando é hora de revisar o modelo de crédito?

Rafael Rodrigues, da Quod, aborda um ponto crucial: como identificar o momento certo para ajustar ou trocar um modelo de concessão de crédito.

Ele destaca que sinais como inadimplência acima do previsto, mudanças no perfil dos clientes e alterações no mercado são alertas para agir.

Com plataformas de monitoramento contínuo e inteligência de dados, é possível ajustar modelos de forma ágil e evitar prejuízos. Ele reforça que crédito não é estático, exige adaptação constante às novas realidades econômicas.

Microcrédito: instrumento de inclusão e transformação

Fernando da Hora, do Santander, lembra que o microcrédito vai muito além do financiamento: é uma ferramenta de transformação social.

Ao apoiar pequenos negócios, o microcrédito ajuda famílias a acessarem soluções financeiras e, com isso, movimenta economias locais.

Ele destaca que, para funcionar, é preciso conhecer a realidade das comunidades e oferecer soluções acessíveis que façam sentido para quem está fora do sistema bancário.

IA é aliada no combate a fraudes cibernéticas em ascensão

Paulo Marcelo, da Solutis, defende que a inteligência artificial já é imprescindível para prever, identificar e reagir rapidamente a fraudes digitais.

Tecnologias como machine learning ajudam a detectar padrões suspeitos, bloqueando transações fraudulentas antes que causem prejuízo.

Ele reforça que, além de IA, é essencial investir em governança de dados e capacitação das equipes, criando uma abordagem multidisciplinar para fortalecer a confiança no ambiente digital.

Eficiência compartilhada no autoatendimento

Tiago Aguiar, da Tecban, explica que, diante da digitalização acelerada, o autoatendimento precisa ser mais eficiente e menos oneroso para as instituições. Soluções como o Banco24Horas mostram como a compartilhamento de infraestrutura reduz custos e melhora a experiência dos usuários.

Ele reforça que o futuro do autoatendimento é híbrido: mantém o contato físico para quem precisa e integra tecnologia para quem busca agilidade.

O beyond banking e as empresas na era do open everything

Wagner Martin, da Veritran, fala sobre como o setor financeiro está expandindo seu papel para além dos serviços bancários tradicionais, abraçando um ecossistema digital mais amplo, o chamado “beyond banking”.

Na era do open everything, bancos e fintechs passam a oferecer experiências integradas com outros setores, criando soluções que atendem não apenas à vida financeira, mas ao cotidiano do cliente como um todo.

Insights para o Correspondente Bancário

Mesmo não sendo responsável por infraestrutura bancária, o correspondente bancário pode educar clientes locais sobre boas práticas de segurança digital. Explicar de forma simples como identificar golpes comuns fortalece a confiança no relacionamento e reduz riscos para todos.

O Pix e outros meios de pagamento instantâneo abriram portas para mais inclusão. O correspondente bancário pode oferecer serviços complementares, como explicações sobre Pix parcelado, cobrança digital ou integração com contas digitais, ampliando o valor do atendimento.

Com o ambiente cada vez mais regulado, buscar parcerias jurídicas e contábeis especializadas ajuda a manter a operação em conformidade e garante segurança ao atuar como intermediário de crédito.

Assim como os bancos ajustam seus modelos, o correspondente bancário precisa acompanhar o perfil dos clientes da sua comunidade. Se notar mudanças na demanda ou aumento da inadimplência, é hora de repensar as abordagens e reforçar a análise de risco com apoio das instituições parceiras.

O microcrédito é uma porta de entrada para quem está fora do sistema bancário. O correspondente bancário pode ser o elo entre as cooperativas ou bancos e pequenos empreendedores, oferecendo soluções acessíveis que geram impacto direto na comunidade.

Não é preciso ter uma IA própria, mas é possível usar ferramentas simples de automação e análise para agilizar etapas como a coleta de documentos e simulações. Isso libera mais tempo para o atendimento consultivo que realmente agrega valor.

Se o futuro do autoatendimento é híbrido, o correspondente bancário pode ser o ponto físico confiável para quem ainda precisa de apoio presencial, conectando serviços digitais de forma simples e acessível para a população local.

Ao entender que o banco está se tornando um ecossistema mais amplo, o correspondente bancário pode criar parcerias com negócios locais, como seguros, telecomunicações ou varejo, para oferecer serviços complementares, aumentando sua relevância e ampliando fontes de receita.

10. Tecnologia e transformação nos bancos brasileiros: onde estão os investimentos para 2025

Os painéis de tecnologia e panorama dos bancos reforçam o quanto o setor segue acelerando a digitalização.

Mesmo bancos de menor porte ou de nicho estão investindo em APIs, integração com open finance e sistemas de atendimento automatizado.

As cooperativas, como Sicredi e Sicoob, concentram recursos em soluções que aumentam a eficiência regional, enquanto os grandes bancos como Itaú, Caixa e Bradesco direcionam bilhões para inteligência artificial generativa, nuvem e segurança de dados.

Há também um movimento claro de redução do peso físico das agências, com o autoatendimento e os canais digitais assumindo o protagonismo.

Ao mesmo tempo, o volume de transações digitais ultrapassa bilhões de operações em algumas instituições, mostrando que o comportamento do cliente está cada vez mais migrando para o ambiente online.

Esses investimentos deixam evidente que os bancos buscam ampliar a velocidade e a qualidade da entrega de serviços, criar ambientes digitais mais integrados e, principalmente, preparar a infraestrutura para um ecossistema financeiro aberto e interoperável.

O destaque é que até players mais tradicionais já têm agendas específicas para modernização tecnológica e experiências digitais, enquanto bancos de nicho focam em APIs de serviços complementares como câmbio e pagamentos.

Insight para o Correspondente Bancário:

Para o correspondente bancário, essa transformação significa que o papel consultivo e de relacionamento humano tende a ganhar ainda mais valor.

Enquanto os bancos automatizam processos, o espaço para quem entende o cliente local e traduz soluções de forma clara só aumenta.

Estar conectado às novas plataformas e acompanhar de perto essas mudanças pode ser o diferencial para manter relevância e criar novas oportunidades de parceria

Uma edição para refletir

O Anuário Brasileiro de Bancos 2025 revela muito mais do que números e balanços. Ele mostra um setor financeiro em plena transformação, equilibrando resiliência diante de um cenário macroeconômico desafiador com um movimento claro de adaptação tecnológica e estratégica.

A digitalização, que antes era vista como tendência, agora é pilar central das operações, ampliando o alcance e a eficiência das instituições, mas também redefinindo a forma como o relacionamento com o cliente é construído.

Os grandes bancos investem pesado em inteligência artificial, segurança cibernética e novos modelos de atendimento, enquanto cooperativas e instituições de nicho fortalecem soluções regionais e ampliam parcerias para manter proximidade com as comunidades que atendem.

Há uma busca constante por reduzir custos operacionais, ganhar escala nos canais digitais e, ao mesmo tempo, criar experiências mais fluidas para o usuário final.

Por outro lado, o ABB 2025 também expõe o contraste entre quem avança com velocidade e quem ainda enfrenta limitações estruturais, mostrando que a consolidação e a especialização continuam sendo forças que moldam o mercado.

Mesmo em meio às incertezas, o setor bancário brasileiro mantém uma postura de investimento estratégico, apostando em inovação e eficiência como caminho para sustentar resultados no longo prazo.

Para quem atua no mercado de crédito, especialmente correspondentes bancários, o grande aprendizado é que o relacionamento humano, o conhecimento local e a capacidade de traduzir soluções financeiras complexas continuarão sendo diferenciais valiosos.

Quanto mais os bancos automatizam processos, maior é a necessidade de profissionais que conectem a tecnologia à realidade do cliente.

Estar alinhado às tendências, compreender as novas plataformas e manter uma postura consultiva é o que garante espaço e relevância nessa nova fase do setor.


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Este conteúdo foi produzido com inteligência natural movida por cerca de 86 bilhões de neurônios. 🙂

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Um forte abraço,

Rosa Oliveira
CEO & Gerente de Projetos Digitais da Viver de Crédito®

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