A Edição 17 do Anuário Brasileiro de Bancos produzido pela Cantarino Brasileiro, apresenta mais uma vez, um conteúdo rico, recheado de entrevistas, tendências e dados sobre bancos e instituições financeiras.
Após 2 anos de publicação somente digital, em razão da pandemia, nesta edição uma versão impressa também está disponível.
Destaquei 9 pontos importantes para você ter uma visão geral sobre os temas abordados, mas recomendo fortemente que você obtenha um exemplar completo deste Anuário Brasileiro de Bancos, pois vai te trazer muitos insights.
Posso adiantar que é mais uma edição incrível que a Cantarino Brasileiro produz, confira:
1. Entrevista com Luis Guilherme Bittencourt, CIO do Santander e da F1RST
Na contramão da maioria dos bancos, a empresa visa se aproximar – e não se afastar – cada vez mais da instituição bancária, contribuindo para o aprimoramento dos seus processos.
Numa estratégia de “complementação”, entre o físico e digital, durante a pandemia, ao invés de reduzir número de agências, expandiu, porque o banco se vê como brasileiro e por isso entende a cultura e vulnerabilidades do seu consumidor.
2. Era das Transformações
Segmentação da persona não mais por idade, gênero, área de atuação e classe social, já não diz de fato “quem é o cliente”. Hoje, essa resposta precisa avaliar “como ele age”, “o que ele faz” e motivações.
Experiência Phydigital: a sensação é que estamos caminhando para uma era de integração – nem só digital, nem só física. Saber mesclar esses dois mundos, oferecendo tecnologia para otimizar essa experiência, é um desafio que as instituições do setor financeiro devem observar com atenção.
3. O BaaS e a evolução dos bancos tradicionais
Instituições financeiras tradicionais em um alinhamento competitivo e uma rápida movimentação, vem investindo em BaaS para ampliar lucratividade, considerando que praticamente qualquer organização pode ter seu próprio banco digital, de forma rápida, uma vez que as licenças de operação ficam por conta do dono do BaaS.
E seguem “descarrilhando vagões” com a criação de suas próprias fintechs para simplificar a transformação digital de toda a sua “locomotiva”.
4. Reposicionamento pós-pandemia
O aumento de bancarizados durante a pandemia e substituição do atendimento presencial pelo autoatendimento, bem como, a criação do PIX e a evolução do Open Banking impulsionando muito as operações pelo Digital, forçou um reposicionamento e reinvenção para as empresas.
É o caso da Brinks que mudou seu foco de Transporte de Valores para Brink’s Complete, um produto relacionado à gestão do dinheiro físico e a como transformar esse dinheiro em digital e vice-versa.
5. Gestão eficiente nos canais digitais
Na visão de alguns players, os desafios passam por saber se desviar do conservadorismo natural do setor e da dificuldade dos bancos em adquirir algumas tecnologias, “apesar dos esforços nesse sentido”, mas também, pelo esforço de não replicar no canal digital o que acontece no mundo real, e sim, partir de um pensamento digital, como fazem as fintechs e neobanks.
Nesse sentido, os bancos tradicionais têm uma vantagem em relação às fintechs: o leque maior de produtos e serviços, o que se reflete na experiência do usuário (UX).
6. Os protagonistas da era da diferenciação
A Technisys se estruturou em 3 pilares de atuação. Estes pilares fornecem insights para um mercado que precisa mudar seu sistema legado para se adaptar à nova era da diferenciação:
- Core bancário: que administra transações e toda a estrutura para serviços financeiros;
- Componente de camada digital: voltado para a aceleração por meio da construção de aplicações mobile;
- Solução de banco conversacional com IA: que permite aos clientes interação com sistemas, apps e redes sociais para realizar operações.
7. Criptoativos e operações bancárias
A blockchain facilita o registro das transações, impossibilitando sua adulteração e garante maior segurança e transparência.
A tokenização é a próxima fronteira e está só começando.
Um fator ainda muito incerto, mas que deve mudar o posicionamento dos bancos para a entrada no segmento de criptoativos, é a regulação pelo Banco Central.
Outra iniciativa que deve sacramentar a aproximação entre o mundo blockchain e o de finanças tradicionais é o real digital,
8. As oportunidades do metaverso
As instituições financeiras começarem a olhar para o metaverso não só como uma chance de recriar uma experiência digitalizada daquilo que já acontece no mundo físico, mas como uma oportunidade de desenvolver experiências pós-digitais que só existirão nesse ambiente.
Roblox é o endereço da segunda investida do Banco do Brasil no metaverso. Antes do Roblox, o Banco do Brasil anunciou no final do ano passado sua entrada no metaverso com a abertura de uma agência na cidade do “Complexo”, um dos servidores de role play de GTA Online.
9. Novo perfil do cliente de bancos
- Tem hoje mais opções, mas também pede mais dos produtos e serviços, além de um melhor atendimento.
- A parcela que têm contas só em bancos digitais vem crescendo ano a ano , mas as instituições tradicionais ainda são líderes.
- Prefere canais digitais, mas com humanização e personalização. Prefere resolver tudo pelo digital.
- Quer pagar menos tarifa. O PIX é mais usado nos bancos em geral e digitais. Já o cartão de débito está no topo em relação aos bancos tradicionais.
Corrida contra as fintechs
“Poderíamos dizer que nosso grande inimigo não é o digital, mas nosso próprio tamanho e a transformação cultural pela qual estamos passando. Antes, o ritmo do mercado dizia que lançar um produto a cada dois anos era ser moderno, imaginar o que o cliente necessitava e depois convencê-lo a usar era ser inovador. Já sabemos que não funciona mais assim. O ritmo da inovação deve ser constante e o cliente tem voz ativa na especificação dos produtos.”
Opinião – JORGE KRUG, diretor de tecnologia do Banco Banrisul
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Um forte abraço.
Rosa Oliveira
CEO & Gerente de Projetos Digitais da Viver de Crédito