Diversificação de portfólio é a grande aposta para 2020
O correspondente bancário ainda está tentando entender o impacto da autorregulação em seu cotidiano, sem saber ao certo se trata-se de mais uma crise, mudança ou alavancagem.
Eu, uma otimista contumaz, creio na última opção. Acredito que o setor esteja passando por um processo de alavancagem.
Mas não se trata só de fé. Analisei alguns dados sobre o cenário econômico do país e das movimentações do mercado de crédito e consegui enxergar boas perspectivas para o setor, por meio de uma mudança de posicionamento.
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(Re)posicionar é preciso
O correspondente bancário brasileiro já viveu tempos áureos, operando com o crédito consignado. Hoje para sobreviver é preciso abrir-se à diversificação de portfólio. Sem nenhuma garantia. O (re)posicionamento digital e o rebranding em todo o mercado de crédito é necessário.
Escrevi isso ontem no Twitter. Entendo que o correspondente bancário que aceitar que a mudança de posicionamento – e isso inclui um mindset disposto a se tornar digital – é capaz de não só mantê-lo no mercado, como também, ajudá-lo a alavancar as suas operações de crédito por meio de um novo modelo de negócio totalmente reinventado.
Outrora eu diria para você focar e se especializar em uma linha de crédito e ser o melhor do seu mercado naquele produto.
O crédito consignado foi durante a última década nossa “menina dos olhos”. Produto fácil de vender, operação simples de digitar, remuneração bacana. Enfim, com a chegada da formalização digital seria o produto perfeito.
Entretanto, como nada é perfeito nessa vida, e ainda menos no mercado de crédito bancário, precisamos encarar que o mercado passa por uma transição muito forte e não dá tempo de esperar o furacão passar, pra depois entender qual foi o impacto.
Acredito que seja preciso agarrar-se em tudo o que estiver firme e disponível para não ser arrastado pela ventania.
Em outras palavras, um reposicionamento rápido ancorado em:
- Ampliação do portfólio de linhas de crédito;
- Ajuste e profissionalização da identidade visual marca;
- Modelo de gestão ágil, partners e operações enxutas;
- E, principalmente, construção de um projeto digital.
E quais as expectativas, afinal?
Fechamos 2019 com a SELIC a 4,5% ao ano. Ou seja, os juros do crédito estão mais baixos.
Na prática, isso foi ruim para o investidor que lucrava com os juros altos e será ótimo para as empresas que sentem maior confiança em adquirir capital para investir em seus negócios.
Logo, as taxas de juros mais baixas, a forte “invasão” das fintechs e bancos digitais, os novos regulátórios e a ausência de protagonismo dos bancos públicos com seus subsídios do Governo Federal, tornou o mercado de crédito competitivo e interessante para todos nós da cadeia de intermediadores de crédito.
Provavelmente você já deve ter tido o insight há dois parágrafos. As empresas estão indo ao mercado buscar crédito. O crédito empresarial é um dos queridinhos para 2020.
Mas não paramos por aí. O crédito mais barato fomenta o crescimento do PIB. Está pouco ainda. Cerca de 2% com projeção de 2,5% no ano, eles disseram.
Não é uma “Brastemp“, mas remove aquele status de recessão ao qual o país atravessou nos últimos anos. É mais ou menos por aí.
Ao que tudo indica, temos também uma redução no desemprego – ou um aumento de subempregos – que também ajuda a melhorar nosso status econômico.
O consumo das famílias aumentando, faz com que o risco de inadimplência diminua. Os bancos ficam mais confiantes e colocam mais crédito na “prateleira” para inclusive o correspondente bancário intermediar.
O cliente fica também mais confiante e disposto a realizar sonhos, como os proporcionados pelo financiamento imobiliário, CDC do carro novo ou crédito pessoal para finalmente viajar com a família para aquele lugar especial.
Para aqueles que acumularam dívidas, o momento também inspira maior confiança para colocar a vida em dia com taxas de juros ultrabaixas, como a do crédito com garantia.
Se o país mantiver o crescimento econômico, ou seja, seguir crescendo, reduzindo o desemprego, evitando e ajudando a superar a inadimplência das famílias, com o Banco Central estimulando cada vez mais a expansão, a competição e a oferta de crédito, SELIC baixa, sem contar os desbancarizados, as condições de sustentabilidade para o mercado de crédito só tendem a se aperfeiçoar.
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!
Converso diariamente com clientes Correspondentes Bancários e percebo alguns muito desanimados com o mercado. E eu tenho repetido a seguinte frase: é hora de você “não colocar todos os ovos na mesma cesta”.
O empréstimo consignado segue firme e forte, dizem as previsões. Segundo noticiou a ANEPS em seu blog nesta semana, a expectativa é excelente para o empréstimo consignado em 2020.
Sabemos que a Autorregulação do Consignado frustrou um pouco essas expectativas. Pelo menos no que tange à portabilidade e o refin antes de 360 dias.
E é por este motivo que eu acredito que não seja o momento para você depender somente de contrato novo e cartão. Ajuste e amplie o foco do seu portfólio no momento para outros produtos financeiros também.
O mercado de crédito segue promissor. Os bancos querem emprestar. Os clientes sempre precisarão tomar. Você é a consultoria especializada e de confiança que torna essa intermedição profissional e segura.
É hora de se reposicionar. Vai com tudo!
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Um forte abraço.
Rosa Oliveira
CEO & Gerente de Projetos Digitais da Viver de Crédito